13. O sinal periódico da Criação I

 

 

 

 

 

A Criação seria limitada ao longo dos dois eixos horizontais da Criação, devido às dimensões imutáveis do Cálice do Santo Graal!

 

Seguindo esses dois eixos, sabemos que a Criação é composta de muitos aneis, do centro ao anel mais externo. Nesta fase do estudo, agora é possível contarmos o número exato!

 

Se tomarmos a imagem da Criação, como a exploramos, ela consiste em cinco áreas principais, de mesmo tamanho.

 

Lembremos os nomes dessas cinco áreas: o reino Puro-espiritual, o anel de proteção ou plano de transição entre o Puro-espiritual e o Espiritual, o reino Espiritual, o anel da entealidade e finalmente a matéria.

 

 

Cada um desses cinco reinos possui sete aneis. O que dá 5x7 = 35 aneis de Criação, de mesma área.

 

No entanto, como mostram os diagramas a seguir, existem na verdade dois aneis adicionais específicos:

 

-          O centro da Criação, que na verdade é um anel muito singular: este tem a forma de um disco, porque o seu círculo interno se resume num ponto. No entanto, a área deste disco é equivalente a metade da área de um anel típico (1/2 x Área).

 

 

-          Um anel final, também equivalente a metade da área de um anel, é encontrado na borda externa da Criação. Este anel é feminino, passivo e estritamente necessário para encerrar a Criação. Na verdade, um anel masculino, ativo, não pode fazer isso. Voltaremos a esse anel importante em um estudo futuro com mais detalhes.

 

 

Estes dois aneis, ou mais exatamente meios-aneis, ou seja, o centro inicial de um lado e o anel final de outro, são ambos femininos e constituem, por sua associação, o 36º anel da Criação!

 

A Criação, portanto, tem 36 aneis!

 

Podemos, portanto, contar o equivalente a 18 aneis femininos e 18 aneis masculinos, de mesma área, no necessário equilíbrio de gênero.

 

 

Além disso, a Cruz original permite que todos os aneis sejam divididos em quatro partes iguais.

 

 

O que em última análise constitui 4 x 36 = 144 partes da Criação.

 

Essa observação nos permitiria fazer um vínculo com os 144.000 convocados, necessários para a construção do Graal na Terra?!...

 

Cada convocado é realmente atribuído de acordo com os seguintes gêneros diferentes:

 

Por um lado, de acordo com as radiações de uma determinada espécie do ciclo, o qual encontramos aqui na Terra nos quatro principais temperamentos expostos por Abdruschin: sanguíneo, melancólico, colérico e fleumático. Esses quatro temperamentos estão intimamente relacionados ao ciclo da matéria, a semeadura, o amadurecimento, a colheita e a decomposição. (Dissertação n°25 §9 “O temperamento” – Ressonâncias I da Mensagem do Graal – Abdruschin)

 

 

Localização dos quatro temperamentos
 em relação ao ciclo da Criação

 

 

Por outro lado, e naturalmente, cada convocado é atribuído de acordo com seu gênero masculino ou feminino.

 

Portanto, podemos contar 72 discípulos do sexo feminino (18x4) e 72 discípulos do sexo masculino (18x4), todos fazendo precisamente 144 discípulos (cada um seguido por milhares de convocados).

 

 

E para finalizar, cada convocado é atribuído de acordo com um tipo de atividade em ligação direta com este ou aquele reino da Criação. Assim, a atividade de alguns convocados estará intimamente relacionada com o reino da matéria, outros com o reino da entealidade, ainda outros com o Espiritual ou Puro-espiritual.

 

Cada convocado, portanto, tem uma missão específica em uma das grandes áreas da Criação, com seus 36 aneis.

 

 

O que, em última análise, dá 144 Convocados fundamentais (4 x 36 = 144).

 

Nem é preciso dizer que a convocação é muito importante, esteja ela conectada à matéria mais externa ou ao pico mais alto da Criação.

 

Não se esqueça de que cada anel é idêntico em área. E essa característica, exposta desde o início de nossas pesquisas, é muito mais importante do que se pensa.

 

De fato, nenhuma parte, nenhum anel, é em si mesmo maior ou mais importante do que o outro. É essencial reiterar aqui que os aneis apareceram simultaneamente, quando Deus pronunciou a palavra "Faça-se a Luz!" E cada um recebe, a cada ano, durante a descida da Força, exatamente a mesma Força Divina que os outros!

 

Todos os aneis são apenas suportes para diferentes espécies, suportes criados e mantidos pela Força Divina.

 

São como um canvas pré-existente, como o quadro da obra da Criação, permitindo então a sua evolução descendente, graças à irradiação de Parsival e dos primeiros primordialmente Criados, graças aos seres enteais, mas também graças às irradiações dos seres humanos, que devem contribuir para a edificação contínua da Criação!

 

É também por isso que nenhum chamado é em si mesmo maior ou menor que o outro!

 

O chamado "menor", como simplesmente manter um templo limpo, um chamado essencialmente ligado ao material mais grosseiro, é tão importante quanto o chamado "maior", por exemplo o de uma pessoa clarividente que receberia visões do mais alto do Puro-espiritual, a fim de transmiti-los à humanidade.

 

Abdruschin especifica isso em sua Mensagem:

 

“Por essa razão ninguém deve pensar que sua atuação no servir seja pequena demais para ele; não existe nenhum serviço que possa ser tão pequeno, que seria supérfluo executá-lo. Também o serviço aparentemente mínimo é urgentemente necessário, para poder executar as coisas grandes, sim, as coisas máximas. Se faltar também apenas o menor serviço, então mesmo as coisas máximas seriam prejudicadas, da mesma forma como estas podem vir a ser até impedidas pela execução negligente ou leviana do serviço menor. Por outro lado, também o menor serviço pode, através da fidelidade e da pureza, ser elevado de tal forma, que se fará sentir até nas coisas máximas. Não depende nunca de “qual” é a atuação, mas sim sempre de “como” é, para que algo possa ser chamado de pequeno ou grande!”.

 

“Cada serviço pertence, como algo absolutamente necessário, ao todo e cada um tem de empregar inteira dedicação, toda a força e ilimitada atenção para cumpri-lo. Quando se exige de um ser humano apenas um pequeno serviço, e ele o executa alegremente, com toda a sua capacidade, então ele também torna esse serviço valioso, valendo perante Deus, no cumprimento, exatamente tanto quanto alguém que tem de realizar as coisas máximas. Não há diferença nisso.” (Dissertação “A cruz do Santo Graal” - retirado de dissertações de Abdruschin)

 

Vamos continuar a exploração da Criação e nos detemos mais uma vez nesta observação: o centro da Criação é, na verdade, baseado na feminilidade.

 

O centro corresponde de fato ao meio-anel feminino mencionado anteriormente no início deste capítulo.

 

 

 

No experimento óptico de Newton, o centro dos aneis é escuro e também corresponde por analogia ao gênero feminino.

 

 

No entanto, até agora posicionamos Parsival no centro da Criação e colocamos imediatamente os primordialmente Criados em seu anel.

 

Ainda assim, na necessária alternância entre os gêneros feminino e masculino na Criação, os primordialmente Criados masculinos do Puro-espiritual devem necessariamente ser separados de Parsival pelo gênero feminino.

 

Pela Mensagem, sabemos que a feminilidade é sempre encontrada meio degrau acima do masculino:

 

No reino espiritual, por exemplo, “cada mulher é receptora e mediadora de irradiações que a masculinidade não pode mais receber. A feminilidade aí se encontra meio degrau acima, mais voltada para a Luz do que qualquer homem.” (Dissertação n°25 §18 “O sexo fraco” – Ressonâncias II do Mensagem do Graal – Abdruschin).

 

Então, na verdade, meio degrau acima do Criador primordial masculino do Puro-espiritual, não é exatamente Parsival, mas um ser feminino: Irmingard, o Lírio puro!

 

Abdruschin especifica em particular que “A feminilidade da Criação, como tal, relaciona-se somente a Irmingard. E esta, veio para o Supremo Templo do Graal, na Criação primordial, descendo do plano divino, e tomou posse de um invólucro puro espiritual, que já estava preparado para ela.” (Dissertação n°15 §43 “Os planos espirituais V” – Ressonâncias II da Mensagem do Graal – Abdruschin)

 

Irmingard é assim, o primeiro de todos os seres femininos da Criação e seria encontrada em primeiro lugar, entre Parsival e os primordialmente Criados, na necessária alternância entre o feminino e o masculino!

 

Irmingard, o Lírio puro, está, portanto, no centro da Criação. Parsival também está, com a única diferença de que Ele está simplesmente acima dela, em direção ao Divino.

 

Abdruschin especifica de fato que “o Lírio Puro, no Trígono espiritual, forma o ponto para baixo, em direção a Criação, como uma ponte, como um Caminho de ligação." ("Este é o segredo de Deus - Irmingard"- discurso durante a Solenidade do Lírio Puro em 09/07/1930 por Abdruschin)


 

 

Podemos, portanto, mostrar seu posicionamento no seguinte diagrama seccional:

 

 

Em sua Mensagem, Abdruschin usa o termo "meio degrau" para indicar que a feminilidade está logo acima do masculino, ou mais precisamente dito "à frente" do masculino em relação ao centro da Criação. Os diagramas desenvolvidos até agora nos permitem entender melhor essa noção, entendendo-a sob uma nova luz.

 

Sabemos que há uma alternância entre os gêneros feminino e masculino na Criação. Essa alternância é baseada em uma onda vibratória que surgiu repentinamente quando a Criação nasceu.

 

Vimos que a amplitude ou intensidade desta onda é máxima para aneis do gênero masculino e mínima para anéis do gênero feminino.

Assim como uma senoidal ou um sinal periódico, o sinal aqui é reproduzido várias vezes, de acordo com um determinado período, que representamos no diagrama abaixo (vista em corte):

 

O período corresponde precisamente a:

 

·         um anel feminino, ou meio degrau feminino;

 

·         seguido por um anel masculino, ou meio degrau masculino.

 

O período da Criação seria, portanto, uma associação de dois meios degraus, de acordo com o termo usado por Abdruschin, e seria, portanto, reproduzido 18 vezes na Criação (18 meios degraus x 2 = 36 aneis).

 

Assim como um sinal periódico, nossa Criação seria, portanto, um sinal composto por 18 períodos, sendo a formação desses períodos diretamente dependente da interferência dos raios divinos que ocorreram ao nível do Cálice do Santo Graal.

 

 

Este número 18, que fornece uma base estrutural sólida para a Criação, pode aparecer aqui como um número um tanto peculiar, visto que não é encontrado na Palavra de Abdruschin. No entanto... surge surpreendentemente em um discurso sem precedentes:

 

“Deixei-vos, por um tempo, com as mãos completamente livres, para que me mostrassem como vos formastes, vós que, no entanto, estavas nas proximidades da Força de Deus, à qual podias atrair tanto quanto desejado.

 

Algo sobre-humano, isso é o que vocês poderiam ter realizado para si mesmos e por si mesmos! A décima oitava parte disso, você não utilizou nem difundiu.” ("Devoção" - "28 de fevereiro de 1932" por Abdruschin - Discurso não publicado)

 

Por que Abdruschin é tão preciso aqui? Não indica o número 10, 20 ou 100, como faríamos e como costumava fazer para dar uma ordem de magnitude, mas... 18 precisamente.

 

Este esclarecimento deve necessariamente indicar uma noção fundamental, que devemos agora entender!

 

Vamos explorar o sinal periódico da Criação novamente e posicionar a origem do espírito humano neste sinal.

 

Sabemos que o Paraíso do espírito humano, seu verdadeiro lar, está no topo da segunda subdivisão do Espiritual. Esta subdivisão, contendo quatro aneis, é o reino dos espíritos da evolução ou espíritos evoluídos.

 

Se agora considerarmos todos os aneis da Criação, o Paraíso seria, portanto, encontrado no anel mostrado em cinza na imagem a seguir:

 

 

Agora, este anel é o 18º anel, de 36, e, portanto, divide toda a Criação em duas partes iguais (áreas idênticas)!

 

Tem um grande significado. Por sua origem, no meio da Criação, o ser humano é, portanto, o elo ou a ponte entre o Puro-espiritual e o material, entre a Luz e o terrestre.

 

Abdruschin deixa isso claro com estas Palavras, no início de sua Mensagem:

 

“Somente ele devia e podia fornecer a ligação sadia e vigorosa, como a única ponte entre as alturas fino-materiais e luminosas e o que é terreno, de matéria grosseira! Somente através dele, devido à sua característica específica, podia a vida pura pulsar da fonte da Luz, descendo até a matéria grosseira mais profunda e dela novamente para cima, na mais harmoniosa e magnífica reciprocidade! Encontra-se entre ambos os mundos, unindo-os, de modo que através dele estes se fundem num só mundo.” (Dissertação n°8 §7 “O ser humano na Criação” – Mensagem do Graal – Grande Edição – Abdruschin)

 

O ser humano, por sua origem espiritual no meio dos aneis da Criação, deve, portanto, conectar a matéria e tudo o que está abaixo dele com a Luz do Puro-espiritual e tudo o que está acima dele.

 

A Mensagem esclarece o fato de que o Paraíso está no centro da Criação:

 

“Visto de cima para baixo, o Paraíso se encontra em uma profundidade imensurável, mas, visto da Terra para cima, ainda assim em altura indizível; pois longe se estendem os planos das materialidades, que constituem as planícies de desenvolvimento e os campos de atuação dos espíritos humanos.” (Dissertação n°7 §18 “Os planos espirituais I” – Ressonâncias II da Mensagem do Graal – Abdruschin)

 

Em nosso diagrama a seguir, a parte 2, chamada "Matéria" para simplificação, está, portanto, ligada à parte 1, de igual tamanho, chamada "Espiritual", graças ao espírito humano que faz a ligação entre as duas. Mas apenas ele, por sua espécie, pode fazer essa conexão! Sua responsabilidade é, portanto, imensa se ele não o fizer!

 

 

Voltemos agora ao fato de que o ser humano não teria utilizado nem difundido a décima oitava parte da Força Divina, como a entendemos no discurso de Abdruschin.

 

O Paraíso, nossa origem espiritual, seria na verdade um dos 18 períodos da Criação (visão em corte):

 

 

E como cada período (ou anel de mesma superfície) recebe tanta Força quanto os outros, vindos do Divino, o ser humano, de acordo com a sua espécie, portanto recebe exatamente a décima oitava parte da Força de Deus derramada em toda a nossa Criação.

 

 

Com este discurso, Abdruschin quis dizer para nós que não sabemos utilizar a Força Divina que nos é atribuída diretamente, nem somos capazes de propagá-la.

 

Esta Força Divina desce todos os anos, durante a Solenidade de 30 de maio, de forma homogênea e sem injustiça, por toda a Criação!

 

E ao contrário de todas as outras espécies da Criação, a espécie do  espiritual evoluído não soube usar a 18ª parte desta Força que lhe foi concedida. Que o espírito humano um dia use esta Força totalmente para o Bem!